The Shakespeare Code

180 – "The Shakespeare Code"
"O Código Shakespeare" (BR)
Episódio de Doctor Who
The Shakespeare Code
Shakespeare expulsa as bruxas Carrionites no palco do Globe Theatre enquanto é observado por Martha e o Doutor.
Informação geral
Escrito por Gareth Roberts
Dirigido por Charles Palmer
Edição de roteiro Simon Winstone
Produzido por Phil Collinson
Produção executiva Russell T Davies
Julie Gardner
Música Murray Gold
Temporada 3.ª temporada
Código de produção 3.2
Duração 45 minutos
Exibição original 7 de abril de 2007
Elenco
Doutor
Companhia
  • Freema Agyeman – Martha Jones
Convidados
  • Dean Lennox Kelly – William Shakespeare
  • Christina Cole – Lilith
  • Sam Marks – Wiggins
  • Amanda Lawrence – Doomfinger
  • Linda Clarke – Bloodtide
  • Jalaal Hartley – Dick
  • David Westhead – Kempe
  • Andree Bernard – Dolly Bailey
  • Chris Larkin – Lynley
  • Stephen Marcus – Carcereiro
  • Matt King – Peter Streete
  • Robert Demeger – Pregador
  • Angela Pleasence – Rainha Elizabeth I
Cronologia
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Lista de episódios de Doctor Who

"The Shakespeare Code" (intitulado "O Código Shakespeare" no Brasil)[1] é o segundo episódio da terceira temporada da série de ficção científica britânica Doctor Who, transmitido originalmente através da BBC One em 7 de abril de 2007. Foi escrito por Gareth Roberts e dirigido por Charles Palmer.

No episódio, o alienígena viajante do tempo conhecido como o Doutor (David Tennant) leva sua nova acompanhante Martha Jones (Freema Agyeman) em sua primeira viagem no tempo e no espaço. Eles chegam em 1599 perto do Globe Theatre em Southwark, onde encontram o dramaturgo William Shakespeare (Dean Lennox Kelly), que é enfeitiçado por três Carrionites semelhantes a bruxas para reescrever o final de sua peça Trabalhos de Amor Conquistados para que a performance crie as palavras certas para libertar o resto da raça de sua prisão.

De acordo com os números da BARB, o episódio foi visto por 7,23 milhões de telespectadores e foi a quinta transmissão mais popular na televisão britânica naquela semana. Teve uma crítica majoritariamente positiva, destacando as atuações dos atores convidados e o tema do poder das palavras.

Enredo

O Doutor, que havia prometido levar Martha em uma viagem, a leva para uma apresentação de Trabalhos de Amor Perdidos no Globe Theatre em Southwark em 1599. No final da peça, William Shakespeare anuncia uma sequência intitulada Trabalhos de Amor Conquistados. Uma bruxa chamada Lilith usa uma boneca de vodu para influenciar Shakespeare a declarar que a nova peça estrearia na noite seguinte. Quando Lynley, o mestre de cerimônias, exige ver o roteiro antes de permitir que a peça prossiga, Lilith mergulha um boneco de vodu feita de seu cabelo em um balde de água e o esfaqueia no peito, o que causa sua morte. Lilith então obriga Shakespeare a escrever um estranho parágrafo conclusivo para Trabalhos de Amor Conquistados antes de voar para longe em uma vassoura.[2]

De manhã, o Doutor, Martha e Shakespeare seguem para o Globe Theatre, onde o Doutor pergunta por que o teatro tem 14 lados. Eles decidem visitar seu arquiteto, Peter Streete, no Bethlem Hospital, onde o encontram em um estado catatônico. O Doutor o ajuda a revelar que as bruxas ditaram o formato tetradecagonal do Globe para ele. Lilith, junto de suas mães Doomfinger e Bloodtide, observam isso através de seu caldeirão, e Doomfinger se teletransporta para a cela e mata Peter com um toque. O Doutor identifica as bruxas como Carrionites, uma espécie cuja magia é baseada no poder das palavras que lhes permite manipular energia psíquica. Ao pronunciar o nome Carrionite, o Doutor é capaz de repeli-la.[2]

O Doutor deduz que os Carrionites pretendem usar as palavras de poder em Trabalhos de Amor Conquistados para libertar sua espécie de sua prisão. Ele confronta Lilith, que explica que as três bruxas foram libertadas de seu banimento pelas palavras geniais de Shakespeare depois que ele perdeu seu filho Hamnet. Lilith temporariamente para um dos dois corações do Doutor e voa para o Globe Theatre. Shakespeare não consegue impedir que a peça seja encenada e os atores proclamam as últimas falas. Deste modo, um portal se abre, permitindo que os Carrionites voltem ao universo. O Doutor diz a Shakespeare que somente ele pode encontrar as palavras para fechar o portal. O dramaturgo improvisa uma curta estrofe rimada, mas fica preso para uma palavra final até que Martha sugere Expelliarmus. As Carrionites ficam presos em uma bola de cristal que o Doutor tranca na TARDIS e todas as cópias de Trabalhos de Amor Conquistados são sugadas para o portal que se fecha.[2]

Continuidade

Shakespeare já foi visto pelo Primeiro Doutor e seus companheiros conversando com a Rainha Elizabeth I na tela de seu Visualizador de Tempo-Espaço em The Chase (1965). O Quarto Doutor também menciona tê-lo conhecido em Planet of Evil (1975). Em City of Death (1979) ele afirma que ajudou a transcrever o manuscrito original de Hamlet; e em The Mark of the Rani (1985) o Sexto Doutor diz: "Eu devo vê-lo novamente algum dia". O produtor Russell T Davies e o roteirista Gareth Roberts declararam que estavam cientes dessas referências anteriores ao encontro com Shakespeare, mas que elas não seriam mencionadas nem contraditas no episódio.[3][4] Roberts acrescentou que, embora um rascunho inicial de "The Shakespeare Code" contivesse "uma referência à City of Death", ela foi removida porque "era tão dissimulada que teria sido um pouco confusa para os fãs que o reconhecessem e confusa para todo o resto".[4]

No final do episódio, o Doutor encontra-se com Elizabeth I e ela diz que ele é seu "inimigo jurado". Posteriormente ele sugere ter se casado com ela na primeira parte de "The End of Time" (2009), o que foi mostrado no especial "The Day of the Doctor" (2013), quando eles se casam acidentalmente enquanto o Doutor rastreia um Zygon.[5]

Produção

As filmagens do episódio ocorreram de 23 de agosto a 15 de setembro de 2006. A produção começou no Upper Boat Studios em Trefforest para as cenas na Casa Torta.[6] A produção então continuou por uma semana de filmagens noturnas, começando em Coventry, incluindo o Hospital Ford, por uma noite,[7][8] antes de se mudar para o Hospital Lord Leycester em Warwick. As cenas ambientadas no Globe Theatre foram então parcialmente filmadas no local real em Londres.[9][10] Além do Newport Indoor Market, onde as cenas em Bedlam foram recriadas no porão, o restante das filmagens ocorreu no Upper Boat Studios para as cenas ambientadas no Elephant Inn, seções do Globe Theatre e as cenas na TARDIS.[6]

O final com a Rainha Elizabeth foi ideia de Russell T Davies, que disse a Roberts para "torná-lo um pouco como o final do áudio-drama The One Doctor, da Big Finish Productions, também escrito por Roberts.[11]

Os efeitos especiais do episódio foram feitos pelo estúdio The Mill, que criou os efeitos especiais em todos os episódios de Doctor Who desde seu retorno em 2005. A grande quantidade de trabalho CGI necessária foi principalmente para o clímax do episódio. Na SFX Magazine n.º 152, o produtor Phil Collinson chamou esse episódio de "o mais caro de todos os tempos", devido à grande quantidade de CGI e filmagens em Warwick, Coventry e Londres.[carece de fontes?]

Transmissão e recepção

O episódio foi transmitido pela primeira vez às 19h do dia 7 de abril de 2007. Foi visto por 7,2 milhões de espectadores e foi o décimo quarto programa mais assistido da semana.[12]

"The Shakespeare Code", junto com "Smith and Jones" e "Gridlock", foi lançado em DVD em 21 de maio de 2007.[13] Foi então relançado como parte do boxset da terceira temporada em novembro de 2007.[14]

Scott Matthewman do The Stage deu a "The Shakespeare Code" uma crítica majoritariamente positiva, destacando as performances dos convidados e o tema do poder das palavras.[15] Dek Hogan do Digital Spy achou o enredo "absurdo", mas elogiou os valores de produção e os efeitos especiais. Ele especulou que poderia gostar mais ao assisti-lo novamente mais tarde, depois de ter se acostumado com Martha.[16] Nick Setchfield, escrevendo para a SFX Magazine, concedeu ao episódio cinco de cinco estrelas, achando a produção "confiante". Ele elogiou a atuação, o roteiro "espirituoso" e o conceito da aparência de bruxa Carrionites.[17] O crítico do IGN Travis Fickett avaliou o episódio com 7,2 de 10. Ele achou o enredo "direto", mas ainda disse que foi divertido com uma boa atuação de Kelly como Shakespeare.[18]

Referências

  1. «Doctor Who - 3ª temporada: O Código Shakespeare». TV Cultura. Consultado em 24 de agosto de 2024. Arquivado do original em 17 de agosto de 2018 
  2. a b c Gareth Roberts (roteirista), Charles Palmer (diretor) (7 de abril de 2007). «The Shakespeare Code». Doctor Who. Temporada 3. Episódio 2. BBC. BBC One 
  3. Lizo Mzimba, Russell T Davies (12 de setembro de 2006). Exclusive Q&A: The brains behind Dr Who (News Programme). Newsround studio: BBC [ligação inativa] 
  4. a b Duis, Rex (janeiro de 2007). «Script Doctors: Gareth Roberts». Doctor Who Magazine (377): 13–14 
  5. Cho, Kassy (27 de novembro de 2013). «List of References and Easter Eggs in "The Day of the Doctor"». WordPress. Consultado em 7 de dezembro de 2013 
  6. a b Pixley, Andrew (agosto de 2007). «The Shakespeare Code». Panini Magazines. Doctor Who Magazine Special – Series 3 Companion 
  7. Meneaud, Marc (29 de agosto de 2006). «Dr Who's been sent to Coventry». Coventry Evening Telegraph. Grupo Trinity Mirror. Consultado em 30 de agosto de 2006 
  8. Orland, Rob (agosto de 2006). «Historic Coventry – the visit of The Doctor!». Historic Coventry. Consultado em 31 de agosto de 2006. Arquivado do original em 14 de abril de 2017 
  9. «Fan Photos from Warwick». Freema Agyeman fansite. Agosto de 2006. Consultado em 2 de setembro de 2006 
  10. «Podcast Commentary» [ligação inativa] 
  11. Doctor Who Magazine 382
  12. «The Shakespeare Code». Doctor Who News Page. Consultado em 24 de agosto de 2024 
  13. «Doctor Who - Series 3 Vol.1». 21 de maio de 2007. Consultado em 8 de novembro de 2021. Cópia arquivada em 8 de novembro de 2021 – via Amazon 
  14. «Doctor Who - Series 3». 4 de agosto de 2014. Consultado em 8 de novembro de 2021. Cópia arquivada em 8 de novembro de 2021 – via Amazon 
  15. Matthewman, Scott (8 de abril de 2007). «Doctor Who 3.2: The Shakespeare Code». The Stage. Consultado em 5 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 28 de janeiro de 2013 
  16. Hogan, Dek (9 de abril de 2007). «Losing grip». Digital Spy. Consultado em 5 de janeiro de 2014 
  17. Setchfield, Nick (7 de abril de 2007). «Doctor Who 3.02: The Shakespeare Code». SFX. Consultado em 5 de janeiro de 2014 
  18. Fickett, Travis (16 de julho de 2007). «Doctor Who "The Shakespeare Code" Review». IGN. Consultado em 5 de janeiro de 2014 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «The Shakespeare Code», especificamente desta versão.

Ligações externas

  • "The Shakespeare Code" na página de Doctor Who no site da BBC
  • "The Shakespeare Code" no Doctor Who: A Brief History of Time (Travel)
  • "The Shakespeare Code" na Tardis Wiki, a Wiki de Doctor Who
  • "The Shakespeare Code" (em inglês) no IMDb
  • v
  • d
  • e
  • Temporadas clássicas (1963–89): 1
  • 2
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