Tentativa de golpe de Estado no Burundi em 2015
Tentativa de golpe de Estado no Burundi em 2015 | |||
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Distúrbios no Burundi em 2015 | |||
Data | 13-15 de maio de 2015 | ||
Local | Burundi | ||
Desfecho | Tentativa de golpe falha
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Uma tentativa de golpe de Estado foi perpetrada no Burundi em 13 de maio de 2015, liderada pelo general Godefroid Niyombare.[1] É uma continuidade das contestações iniciadas em 26 de abril de 2015, após o anúncio da candidatura do presidente Pierre Nkurunziza para um terceiro mandato, considerado como inconstitucional por parte da população. A Constituição do Burundi de fato indica que o mandato presidencial é renovável apenas uma vez. Esta é a quinta tentativa de golpe de Estado no Burundi desde 1966.[2]
Desenvolvimento
O General Godefroid Niyombare, ex-chefe de inteligência de seu país, e parte da população, depois de recomendarem ao presidente para que não concorresse a um terceiro mandato, se aproveitaram da ausência deste último, que partiu para uma cúpula na Tanzânia dedicada a crise que decorria há três semanas no Burundi, para informar pela rádio que o presidente foi destituído de suas funções; ele solicitou as forças policiais e a população para que bloqueassem o aeroporto da capital e fechassem as fronteiras. Portanto, intensos combates eclodiram na capital Bujumbura entre partidários e golpistas.[3]
Nkurunziza rapidamente tentou retornar ao Burundi, porém estava aparentemente incapaz de fazê-lo porque os soldados rebeldes haviam tomado o controle do aeroporto de Bujumbura. No entanto, o chefe das forças armadas, Prime Niyongabo, disse à rádio estatal durante a noite de 13-14 de Maio, que a tentativa de golpe havia sido derrotada, e pediu aos militares rebeldes para se renderem. Forças leais permaneceram no controle da rádio estatal e do palácio presidencial. [4] Pouco tempo depois, "intensos combates" foram relatados em torno da rádio estatal, uma vez que foi atacada por soldados rebeldes. [5]
O gabinete de Nkurunziza anunciou o regresso bem sucedido do presidente do Burundi em 14 de maio, uma vez que o exército e a polícia leais a Nkurunziza recuperaram o controle de grande parte de Bujumbura. Em 15 de maio, o governo afirmou que prendeu Niyombare e dois outros líderes do golpe e iria acusá-los de motim. [6]
Consequências
Logo após o anúncio do fracasso da tentativa de golpe, as manifestações foram retomadas, ainda protestando contra a terceira candidatura do presidente, enquanto este falava no mesmo dia.[7]
Este evento, seguindo dos protestos iniciados há três semanas, teria causado a fuga de cerca de 105 mil burundineses; 70.000 estariam na Tanzânia, 26.300 em Ruanda e 9000 em Kivu do Sul, República Democrática do Congo.[8]
Referências
- ↑ «Coup d'Etat avorté au Burundi, la situation reste confuse». Le Monde. 15 de maio de 2015
- ↑ «Quatre coups d'Etat au Burundi depuis 1966». Anadolu Agency. 13 de maio de 2015
- ↑ «Batalhas afetam capital do Burundi após anúncio de golpe». Deutsche Welle
- ↑ "Burundi army divided after coup attempt", AFP, 14 Maio 2015.
- ↑ "Fighting erupts between Burundi troops" Arquivado em 16 de maio de 2015, no Wayback Machine., AFP, 14 Maio 2015.
- ↑ «Burundi: Leaders of attempted coup arrested after President's return». CNN. 15 de Maio de 2015
- ↑ « Burundi: le président Pierre Nkurunziza s'adresse à la nation - Afrique - RFI »
- ↑ « Burundi: Pierre Nkurunziza doit s'adresser à la nation »
Ligações externas
- G1 – Presidente do Burundi faz primeira aparição após tentativa de golpe
- Portal do Burundi
- Portal da política