Inka

 Nota: Para a enfermeira polonesa, veja Danuta Siedzikówna.
Parte de uma série sobre
Budismo
  • Cronologia
  • Sidarta Gautama
  • Darma
  • Darma
  • Quatro Nobres Verdades
  • Cinco agregados
  • Impermanência
  • Sofrimento
  • Não-eu
  • Caminho do Meio
  • Vazio
  • Carma
  • Renascimento
  • Samsara
  • Cosmologia
Textos budistas
  • Buddhavacana
  • Sutras Mahayana
  • Cânone páli
  • Cânone tibetana
  • Cânone chinesa
Práticas
  • Caminhos Budistas para a Libertação
  • Auxílios para a Iluminação
  • Monaquismo
  • Leigos
  • Portal do Budismo
  • v
  • d
  • e
Dennis Genpo Merzel dando o inka a Musai Sensei, tornando-o um roshi

Inka Shōmei (印可証明, Inka Shōmei?), (em coreano: Inga) é um termo usado no Budismo Zen para denotar um alto nível de certificação. Literalmente significa "o selo legítimo de prova apresentada claramente".[1] No passado, inka era dada usualmente na forma de um documento real, mas esta prática não é mais comum.[2] Um mestre Zen qualificado dá o inka apenas a seus estudantes que se tenham demonstrado líderes e capazes de ensinar.

James H. Austin diz que "O ideograma para inka tem duas partes: in está de um lado, ka do outro. O significado inicial reside no caractere para in (yin em chinês). A metade direita deste in consiste num caractere antigo na forma do nosso P moderno. Em tempos antigos este caractere representava um objeto real. Era a imagem da metade direita (P) do selo imperial oficial (IP), após o imperador haver quebrado o selo na metade."[3] A metade direita do selo era então dada a um indivíduo que poderia agir por autoridade do imperador, enquanto o próprio imperador manteria a metade esquerda. Na escola Rinzai de Zen, inka é o indicador oficial de um mestre e denota um indivíduo que completou com sucesso o estudo dos koans e recebeu o título de roshi.[4]

De acordo com Peter Matthiessen, "Na tradição Rinzai, inka é equivalente à transmissão do dharma".[5]

Em outras escolas, como na Harada-Yasutani, inka é uma aprovação que vai além da transmissão do Dharma — dada a um mestre que confirmadamente é "um sucessor iluminado do Buda".[6] Na escola de Zen Kwan Um, inga não está associado à transmissão do Dharma; denota, ao invés disso, que o indivíduo é um Ji Do Poep Sa Nim e pode liderar retiros e ensinar a prática de koans aos outros.[1] A escola de Zen japonesa Sōtō também confere inka shōmyō (ou inshō) a estudantes com o sentido de "'[passar] o selo de aprovação a uma realização da iluminação'"[7] — e um estudante precisa passar por uma cerimônia shiho para receber a transmissão do Dharma.[8]

Referências

  1. a b Ford, 220
  2. Hori, 674
  3. Austin, 266-267
  4. Seager, 107
  5. Matthiessen, 277
  6. Aitken, 25-26
  7. Bodiford
  8. O'Halloran, 205

Bibliografia

  • Aitken, Robert Baker (2003). The Morning Star: New and Selected Zen Writings. [S.l.]: Shoemaker & Hoard. ISBN 1593760019 
  • Austin, James H. (1998). Zen and the Brain: Toward an Understanding of Meditation and Consciousness. [S.l.]: MIT Press. ISBN 0262511096 
  • Bodiford, William M. (inverno de 1991). «Dharma Transmission in Soto Zen: Manzan Dohaku's Reform Movement». Sophia University. Monumenta Nipponica. 46 (4): 423–451. ISSN 0027-0741 
  • Ford, James Ishmael (2006). Zen Master Who?: A Guide to the People and Stories of Zen. [S.l.]: Wisdom Publications. ISBN 0861715098 
  • Hori, Victor Sōgen (2003). Zen Sand: The Book of Capping Phrases for Kōan Practice. [S.l.]: University of Hawaii Press. ISBN 0824822846 
  • Matthiessen, Peter (1998). Nine-headed Dragon River: Zen Journals, 1969-1985. [S.l.]: Shambhala Publications. ISBN 0877733252 
  • O'Halloran, Maura (2007). Pure Heart, Enlightened Mind: The Life and Letters of an Irish Zen Saint. [S.l.]: Wisdom Publications. ISBN 0861712838 
  • Seager, Richard Hughes (1999). Buddhism In America. [S.l.]: Columbia University Press. ISBN 0231108680