Incompletude da física quântica
A incompletude da física quântica é a afirmação de que o estado de um sistema físico, tal como formulado pela mecânica quântica, não dá uma descrição completa do sistema, assumindo as exigências filosóficas habituais ("realidade", "não-localidade", etc.) Einstein, Podolsky e Rosen[1][2] haviam proposto suas definições de uma descrição "completa" como aquela que determina univocamente os valores de todas as suas propriedades mensuráveis[3]. A existência de indeterminação para algumas medições é uma característica da mecânica quântica, além disso, os limites para a indeterminação pode ser expressa de forma quantitativa pelo princípio da incerteza de Heisenberg[Nota 1].
A incompletude pode ser entendida de duas maneiras fundamentalmente diferentes:
- A mecânica quântica é incompleta, porque não é a teoria "correta", a teoria certa proporcionaria categorias descritivas para explicar todos os comportamentos observáveis e não deixaria "nada ao acaso".
- A mecânica quântica é incompleta, mas é um retrato fiel da natureza.
Incompletude entendida como: 1) poderia motivar busca de uma teoria de variável oculta apresentando não localidade, devido aos resultados dos experimentos do teste de Bell[4] [5] . Existem muitas variantes de 2) que é amplamente considerado como a visão mais ortodoxa da mecânica quântica.[6]
Notas
- ↑ Em termos matemáticos:
onde é a Constante de Planck (h) dividida por 2π.
Referências
- ↑ A. Einstein, B. Podolsky, and N. Rosen, "Can Quantum-Mechanical Description of Physical Reality Be Considered Complete?" Phys. Rev. 47, 777–780 (1935).
- ↑ J. S. Bell,"On the Einstein-Podolsky-Rosen paradox", Physics 1, (1964) 195-200. Reprinted in Speakable and Unspeakable in Quantum Mechanics, Cambridge University Press, 2004.
- ↑ Griffitsh, David J. - Introduction to Quantum Mechanics - Printice Hall - 1994 - ISBN 0-13-124405-1.
- ↑ Aspect, 1981: A. Aspect et al., Experimental Tests of Realistic Local Theories via Bell's Theorem, Phys. Rev. Lett. 47, 460 (1981)
- ↑ Bell, 1987: J. S. Bell, Speakable and Unspeakable in Quantum Mechanics, (Cambridge University Press 1987)
- ↑ Barrett, 2002 Quantum Nonlocality, Bell Inequalities and the Memory Loophole: quant-ph/0205016 (2002).
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