Graça Lobo

Graça Lobo
Nome completo Maria da Graça Monteiro Lobo da Costa
Nascimento 12 de abril de 1939
Vialonga
Nacionalidade Portuguesa
Morte 9 de setembro de 2024 (85 anos)
Torres Vedras
Ocupação Atriz, fundadora da Companhia de Teatro de Lisboa e escritora
Procurar imagens disponíveis

Maria da Graça Monteiro Lobo da Costa, mais conhecida por Graça Lobo (Penha de França, Lisboa, 12 de abril de 1939 – Torres Vedras, 9 de setembro de 2024), foi uma atriz e escritora portuguesa.[1]

Biografia

Graça Lobo era filha única de Lia Sacramento Monteiro e de Artur Leal Lobo da Costa - nascido em Coimbra em 14 de novembro de 1882 -, que se destacou como militar e que foi Coronel, Arma de Infantaria, Governador Civil de Leiria, Coimbra, Porto e Lisboa, tendo sido Membro do Conselho da Ordem Militar de Aviz, Medalha de Ouro de Comportamento Exemplar, Cruz de 3.ª Classe de Hohenzoller, Grande Oficial da Ordem de Cristo e Deputado português na 1ª legislatura de 1935 até à renúncia em 1937.[2] Graça Lobo nasceu num palácio na Vialonga, propriedade do pai. Passou lá as férias e os fins de semana até aos 18 anos. Depois de ter estudado nos melhores colégios, o pai mandou-a para um convento em Dublin, quando tinha 15 anos, até aos 17 anos. Aos 19 anos trabalhou numa companhia aérea de Bogotá como hospedeira e depois na TAP.[3]

Carreira

Começou a sua vida no mundo do espetáculo com a sua estreia na Casa da Comédia, com o espetáculo Noites Brancas de de Dostoievsky (que teve como encenador Norberto Barroca), sendo nesta altura ainda apenas aluna do Conservatório.[4]

Fez ao longo da vida parte integrante de várias entidades, como foi o caso do Teatro Estúdio de Lisboa, do Teatro Experimental de Cascais, do CPC ou do Teatro de Todos os Tempos.[4]

Entre os trabalhos que interpretou, encontram-se textos de autores famosos como Pirandello, Giraudoux, Gombrowicz, Genet, Copi, Albee, Feydeau. O seu trabalho foi feito com vários encenadores, encontrando-se entre eles personalidades como Victor Garcia ou Carlos Avilez.[4]

Em 1974, participa na peça "A Pedra no Sapato" no Teatro Monumental.[5]

Corria o ano de 1979, procedeu à fundação da Companhia de Teatro de Lisboa, local onde interpretou vários trabalhos de Harold Pinter, de James Joyce, de Samuel Beckett, de Miguel Esteves Cardoso, de Noel Coward, de Henrik Ibsen, de Alan Ayckbourn, e também a obra, Cartas Portuguesas, obra esta atribuída a Mariana Alcoforado, tendo esta interpretação feito carreira em vários teatros portugueses, como foi o caso do Teatro Nacional D. Maria II, do São Luiz Teatro Municipal, do La MaMa Experimental Theatre Club (Nova Iorque) e do Festival Internacional de São Francisco (1980).[4]

Representou em Liubliana (Eslovénia), no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Tóquio fazendo neste caso um intercâmbio com atriz japonesa Kyōko Kishida, que se manteve em Tóquio com o espetáculo a fazer carreira comercial.[4]

Em 2006, foi lançado um documentário dedicado à carreira de Graça Lobo, Graça Lobo Dois Pontos, que inclui uma entrevista bastante longa feita à atriz. O documentário é da autoria de Frederico Corado, realizador e produtor de cinema e vídeo e também encenador de teatro.[4]

Obras

  • Sinceramente, Oficina do Livro (2001)

Referências

  1. «Morreu Graça Lobo, atriz que ousou ser Mariana Alcoforado, Molly Bloom e Hedda Gabler». Diário de Notícias. Consultado em 9 de setembro de 2024 
  2. Genealogia Hebraica - 5 vols. José Maria Abecassis, Edição do Autor, 1.ª Edição, Lisboa, 1990, vol. I-pg. 406
  3. Revista Sábado n,º 565, 26/02/2015.
  4. a b c d e f Artistas Unidos - Graça Lobo (página vazia)
  5. http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06819.169.26726#!5
  • Portal do teatro
  • Portal de Portugal