Campainha de Oxford

A Campainha em dezembro de 2009.
Carregado pelas duas pilhas, o badalo move-se de um lado a outro entre os dois sinos.

A Campainha de Oxford Electric Bell, ou Pilha-de-Volta de Clarendon é uma campainha experimental posta em funcionamento em 1840 e que tem permanecido funcionando quase continuamente desde então. Foi uma das primeiras peças compradas para uma coleção de aparatos do clérigo e físico Robert Walker.[1][2] Está localizada em um corredor adjacente à sala do Laboratório Clarendon, na Universidade de Oxford (Inglaterra), e ainda está tocando, apesar de quê inaudivelmente, por estar atrás de duas camadas de vidro.

Design

O experimento consiste de dois sinos de latão, cada um posicionado sob uma Pilha de Volta, com o par de pilhas conectado em série. O badalo é uma esfera de metal de aproximadamente 4mm de diâmetro, suspensa entre as pilhas, que toca os sinos alternadamente devido a força eletrostática. Quando o badalo toca o sino, ele é carregado por uma pilha, e então eletrostaticamente repelido, sendo atraído pelo outro sino. Ao acertar o outro sino, o processo se repete.

O uso de força eletrostática significa que, ao passo que alta tensão é requerida para criar o movimento, apenas uma pequena quantia de carga é levada de um sino a outro, sendo este o motivo das pilhas estarem sendo capaz de durar desde que o aparato foi feito. A frequência de oscilação é de 2 hertz.[3]

Em certo momento, este dispositivo desempenhou um papel importante na distinção entre duas teorias diferentes de ação elétrica: a teoria da tensão de contato (umateoria científica obsoleta baseada nos então prevalecentes princípios eletrostáticos) e a teoria da ação química.


A Campainha de Oxford, porém, não demonstra características moto-perpétuas! Eventualmente ela parará de tocar, quando as pilhas-de-Volta tiverem distribuído suas cargas igualmente - se o badalo não exaurir-se antes disto.[4][5] A Campainha já produziu, aproximadamente, 10 bilhões de toques desde 1840, e detém o Guinness World Record de "a bateria mais durável do mundo provendo tintinabulação ininterrupta".[2]

Operação

Fora curtas interrupções ocasionais causadas por alta umidade, a campainha tem tocado continuamente desde 1840.[6] Ela pode ter sido construída em 1825.[2]

Ver também

Referências

  1. "Walker, Robert".
  2. a b c "Exhibit 1 - The Clarendon Dry Pile".
  3. Oxford Electric Bell, Atlas Obscura.
  4. The World's Longest Experiment, The Longest List of the Longest Stuff at the Longest Domain Name at Long Last.
  5. The Latest on Long-Running Experiments, Improbable Research.
  6. Ord-Hume, Arthur W. J. G. (1977).

Leitura adicional

  • Willem Hackmann, "The Enigma of Volta's "Contact Tension" and the Development of the "Dry Pile"", appearing in Nuova Voltiana: Studies on Volta and His Times, nb Volume 3 (Fabio Bevilacqua; Lucio Frenonese (Editors)), 2000, pp. 103–119.
  • "Exhibit 1 - The Clarendon Dry Pile". Oxford Physics Teaching, History Archive. Retrieved 2008-01-18. 
  • Croft, A J (1984). "The Oxford electric bell". European Journal of Physics 5 (4): 193. Bibcode:1984EJPh....5..193C. doi:10.1088/0143-0807/5/4/001. 
  • Croft, A J (1985). "The Oxford electric bell". European Journal of Physics 6 (2): 128. Bibcode:1985EJPh....6..128C. doi:10.1088/0143-0807/6/2/511.