Aulo Postúmio Albino Lusco

 Nota: Para outros significados, veja Aulo Postúmio Albino.
Aulo Postúmio Albino Lusco
Cônsul da República Romana
Consulado 180 a.C.

Aulo Postúmio Albino Lusco (em latim: Aulus Postumius Albinus Luscus) foi um político da gente Postúmia da República Romana eleito cônsul em 180 a.C., primeiro com Caio Calpúrnio Pisão e, depois de sua morte, com o cônsul sufecto Quinto Fúlvio Flaco. Era neto de Aulo Postúmio Albino, cônsul em 242 a.C., e, provavelmente, irmão de Espúrio Postúmio Albino Paululo, cônsul em 174 a.C., e Lúcio Postúmio Albino, cônsul no ano seguinte. Seu filho, Aulo Postúmio Albino, foi cônsul em 151 a.C..

Lívio frequentemente o chamada de "Luscus", de onde se infere que ele era provavelmente cego de um olho.

Primeiros anos e consulado (180 a.C.)

Lusco foi edil curul em 187 a.C. e comandou a execução dos "Grandes Jogos". Dois anos depois, foi pretor. Foi eleito cônsul em 180 a.C. com Caio Calpúrnio Pisão e Quinto Fúlvio Flaco, tendo a Ligúria como província consular. Marco Fúlvio Nobilior, um tribuno militar, dispensou suas forças sem ter autoridade para fazê-lo e foi exilado por Lusco na Hispânia Ulterior.[1]

Censor (174 a.C.)

Lusco foi eleito censor em 174 a.C. comQuinto Fúlvio Flaco e os dois expulsaram nove membros do Senado, incluindo o irmão de nascimento de Flaco,[2][3] e rebaixaram diversos equestres. Eles nomearam Marco Emílio Lépido como príncipe do senado.[4]

Eles também realizaram um amplo programa de obras em Roma. Fúlvio ainda realizou obras em Pisauro, Fundos, Potência e Sinuessa.[5] O historiador da época augustana Lívio afirma que, quando Fúlvio construiu seu Templo da Fortuna Equestre,[6] utilizou de mármore retirado de um antigo templo dedicado a Juno Lacínia.[a]

Ainda durante seu mandato, Lusco foi nomeado um dos decênviro sacrorum no lugar de Lúcio Cornélio Lêntulo.[9]

Anos finais

Em 175 a.C., Lusco foi enviado ao norte da Grécia para investigar a verdade por trás das embaixadas dos dardânios e tessálios sobre os bastarnos e Perseu da Macedônia.[10] Em 171 a.C., foi enviado como um dos embaixadores romanos a Creta[11] e, depois da conquista da Macedônia, em 168 a.C., foi dos dez encarregados de resolver as questões do país, liderados por Lúcio Emílio Paulo Macedônico.[12]

Ver também

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Públio Cornélio Cetego

com Marco Bébio Tânfilo

Aulo Postúmio Albino Lusco
180 a.C.

com Caio Calpúrnio Pisão
com Quinto Fúlvio Flaco (suf.)

Sucedido por:
Lúcio Mânlio Acidino Fulviano

com Quinto Fúlvio Flaco

Notas

  1. Segundo Valério Máximo,[7] este templo ficava em Locros, Brúcio, mas em outro ponto ele identifica corretamente sua localização como sendo Crotona, também na moderna Calábria.[8]

Referências

  1. Lívio, Ab Urbe Condita XL 41
  2. Lívio, Ab Urbe Condita XLI 27.2
  3. Valério Máximo 2.7.5; Veleio Patérculo 1.10.6; Frontino, Estratagemas 4.1.32.
  4. Lívio, Ab Urbe Condita XLI 27.1.
  5. Lívio, Ab Urbe Condita XLI 27.1–2 and 5–13.
  6. Lívio, Ab Urbe Condita XLII 10.5.
  7. Valério Máximo 1.1.20.
  8. Ver também Lívio, Ab Urbe Condita XLII 3.1–11.
  9. Lívio, Ab Urbe Condita XLII 10
  10. Políbio, Histórias XXVI 9
  11. Lívio, Ab Urbe Condita XLII 35
  12. Lívio, Ab Urbe Condita XLV 17

Bibliografia

Fontes primárias

Fontes secundárias